segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Equipes de emergência tentam retirar óleo derramado no Rio Cascavel/PR

Cascavel, no Oeste do Paraná, vai ficar sem água por conta do vazamento de óleo na manhã deste sábado (19) que atingiu o rio que abastece a cidade. A captação do Rio Cascavel foi interrompida no fim da tarde, antes mesmo que mancha chegasse à estação de tratamento. Para remediar a situação, as captações em outros dois rios menores da região já foram acionadas. Contudo, a medida só atende 30% da necessidade do município. A Sanepar planeja elaborar um plano de distribuição e racionamento de água.
O acidente aconteceu neste sábado (19) na BR-277, em Cascavel. Um dos veículos envolvidos era um caminhão tanque, que transportava 5 mil litros de óleo lubrificante. O óleo escorreu pela canaleta da água da chuva, e chegou ao Rio Cascavel. Funcionários da concessionária responsável pelo trecho tentaram fazer barreiras com cimento e areia, mas não foi possível impedir que o produto chegasse ao rio.
De acordo com técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em entrevista ao G1, este acidente ambiental pode ser considerado grave, pois contaminou as águas de um manancial que é a principal fonte de abastecimento do município e grande parte da vegetação ao redor.
Equipes de emergência do IAP, da Sanepar e da Defesa Civil passaram o sábado (19) tentando montar barreiras de contenção e retirar o óleo da água. (Fonte: G1)

Aquecimento Global pode elevar doenças transmitidas pela Água

As mudanças climáticas podem aumentar a exposição das pessoas a doenças transmitidas pela água procedente de oceanos, lagos e ecossistemas costeiros, e o impacto já poderá ser sentido em alguns anos, alertaram cientistas americanos reunidos em Washington na AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência).
Vários estudos demonstraram que as mudanças no clima provocadas pelo aquecimento global tornam os ambientes marinhos e de água doce mais suscetíveis à proliferação de algas tóxicas, e permitem que micróbios e bactérias nocivas à saúde se multipliquem, informaram cientistas da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica).
Em uma pesquisa, pesquisadores da Noaa fizeram modelos de oceanos e do clima para prever o efeito nas florações de Alexandrium catenella, que produz a tóxica “maré vermelha” e pode se acumular em mariscos e causar sintomas como paralisia e inclusive ser mortal para os humanos que comerem os moluscos contaminados.
“Nossas projeções indicam que no fim do século 21, as florações podem começar até dois meses antes no ano e persistir um mês depois, em comparação com o período atual, de julho a outubro”, disse Stephanie Moore, um dos cientistas que trabalhou no estudo.
No entanto, o impacto poderá ser sentido muito antes do final do século, já em 2040, informou a especialista.
“As mudanças na temporada de floração das algas nocivas parecem iminentes. Esperamos um aumento significativo em Puget Sound (na costa do estado americano de Washington, onde foi feito o estudo) e ambientes similares em situação de risco dentro de 30 anos, possivelmente na próxima década”, disse Moore.
Em outro estudo, cientistas da Universidade da Geórgia descobriram que a areia do deserto, que contém ferro, ao se depositar nos oceanos, estimula o crescimento de Vibrios, grupo de bactérias que podem causar gastroenterites e doenças infecciosas em humanos.
A quantidade de areia com ferro depositada no mar aumentou nos últimos 30 anos e espera-se que continue aumentando, segundo registros de chuvas na África ocidental. (Fonte: Folha.com)